sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

NOSSA TELEVISÃO DE CADA DIA

NOSSA TELEVISÃO
Hoje, a televisão faz parte de nossas vidas, tornou-se um eletrodoméstico praticamente de primeira necessidade em nossos lares.
Ela nos diverte, informa, educa,... educa? Muito se ouve também, sobre os malefícios que ela causa. Dizem alguns, que ela é responsável por muitos problemas que hoje encontramos em muitos setores de nossa sociedade, principalmente nas escolas.
Às crianças, é dado ênfase à sua irreverência, nos lares, perante seus pais e nas escolas perante seus professores. A elas sempre é dada uma resposta pronta a desmoralizar os adultos.
Quanto às novelas, verificamos que existe uma formula, principalmente as da Globo, que se repetem invariavelmente, visando prender o telespectador em sua trama.
Tudo gira em torno dos pares românticos, traições, encontros e desencontros, sexo fácil e sem responsabilidade, presença de vilões ou vilãs para destilarem o mal e atrapalharem os bonzinhos, que sofrem e choram copiosamente, até que no final tudo, ou quase tudo se acerta.
Até aí, tudo bem, não fosse o mal silencioso que elas causam na nossa família e sociedade.
Acontece que elas são assistidas por jovens e crianças cuja personalidade ainda não está consolidada (nisto se incluem muitos adultos também) e que acabam achando que tudo é normal. Famílias que se destroem, casais separados, golpes em empresas, o pior é que tudo é tratado de uma maneira superficial, não revelando realmente os problemas profundos que tudo isso acarreta, inclusive há uma tendência em amenizar os erros das pessoas, tratando-os como algo inevitável e natural. Empresários corruptos no final não recebem o castigo merecido e vão usufruir de seus golpes no exterior, no bem bom. Casais se separam, estabelecem novas famílias e tudo continua na mais perfeita paz.
Está sendo criado um novo modelo de sociedade em que tudo é permitido, o prazer material suplanta tudo, o culto ao corpo é incentivado, ninguém precisa trabalhar, pois nas novelas tudo aparece de mão beijada, até os pobres vivem com ricos! Os empresários vão ao escritório apenas para tratar de assuntos amenos, esposas, amantes e negócios escusos.
Certos setores da sociedade são tratados de maneira jocosa e até preconceituosa, como os religiosos e professores. Os religiosos sempre são colocados como pessoas fanáticas, com desvios e vícios incompatíveis com suas atuações. Os professores são invariavelmente ridicularizados, como pessoas excêntricas e fora da realidade, são sempre realçados seus defeitos, nunca suas virtudes.
Poderíamos escrever muito mais à respeito desse veículo, mas fica para cada um tirar suas conclusões e analisar se de vez em quando não vale a pena trocá-la por uma boa conversa com amigos, vizinhos ou familiares.

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