sexta-feira, 19 de março de 2010

MORTOS VIVOS

Tal qual "mortos vivos" eles vagam em certas regiões das grandes cidades. Em São Paulo, a maior cidade da América do Sul, ocupam uma região central, que já foi denominada de cracolândia.


Durante o dia, a maioria vaga pelas ruas à procura de locais onde possam esticar o corpo e permanecer à espera da próxima pedra. A eles, não importa nada, já perderam tudo, a família, o emprego e principalmente a dignidade, por isso, tanto faz matar ou morrer, pois em quase todos os sentidos já estão mortos. São chamados de "nóias" e sua única razão de viver é o crack, para ele, como a um Deus, fazem de tudo, pedem, roubam, matam, se prostituem... Os comerciantes da região são as maiores vítimas, como este dono de uma loja em uma das ruas da região: "Quando chego pela manhã, é comum terem defecado na porta de minha loja. Depois que anoitece, a rua se enche de nóias, parecem baratas saindo do ralo. É de ficar horrorizado".
Tenta-se de tudo: Vem a polícia e prende, no outro dia estão todos soltos. A prefeitura mobiliza equipes para tentativas de recuperação, mas esbarram em vários problemas, internos e externos. São levados para abrigos, mas não ficam lá mais que algumas horas, logo estão de volta ao mesmo local.

Logicamente existem pessoas que lucram com isso e sabemos: onde o poder público não estabelece sua presença, o tráfico se instala, como acontece também nas favelas cariocas.
Enquanto isso, quem precisa passar pela região, continua assistindo ao show de horrores e degradação humana.

Pois é, são todos vítimas do crack, uma droga que já está sendo chamada de “arma química”, tal seu poder de destruição. Seu consumo cresce assustadoramente, por ser barato, pois é uma forma impura da cocaína. A pessoa se vicia logo nas primeiras vezes de uso e não consegue mais sair. Se existe o inferno, a vida dessas pessoas não está longe dele e o traficante é o embaixador e empresário do demônio. O maior problema é que atinge pessoas de todas as idades, crianças de 12, 13 anos são vistas já dependentes. Não existe futuro para eles, cada vez descem mais um degrau para o fundo do poço.
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