Muda-se de opinião como se muda de roupa. Deixa-se de amar com a mesma velocidade com que se apaga uma lâmpada...
A verdade some de nossas vidas com o simples apertar do botão “delete”. Vivemos a vida que nos pregam e esquecemo-nos da vida que queremos. Abandonamos amores e desejos por que nos disseram que não convinha. Mas não convinha a quem?
Pode parecer devaneio meu, mas me reporto aqui, com estas observações, ao período eleitoral pelo qual passamos, onde nossas decisões tomam um peso maior pois atingem a todo um povo que já se recente do esquecimento a que esta submetido. Como podemos decidir sobre nosso futuro se não conhecemos nem a nós mesmos; se nos deixamos influenciar?
Revestimo-nos de tantas máscaras que às vezes fica difícil saber quem realmente somos. Antes de saber o que queremos, é preciso saber quem e o que somos; situar nossa existência no tempo e espaço!
Somos o que pudermos ser com os sonhos que podemos ter. Sonho com um mundo que por vezes me parece distante e irreal, onde pessoas pudessem confiar umas nas outras, onde o amor fosse moeda corrente em que a única recompensa fosse um sincero sorriso de felicidade. Homem... frágil ser submetido ao peso de sua própria ignorância.
Não obstante nossa fragilidade, cabe-nos a tarefa de nos esforçar para tornar a nossa vida e a das pessoas a nossa volta um campo propicio a semeadura do bem, da caridade e do amor ao próximo. Portanto atentem para o que ou por quem decidir nestas eleições.
Muito de nossa vida futura esta atrelada a este momento presente. É o momento de despertar para quem somos e deixar falar a voz do coração. Soa como letra de musica, mas se prestássemos um pouco mais de atenção aos versos dos poetas, quem sabe haveria um lugar maior reservado em nossos corações para coisas que falem do amor: à vida, às pessoas, à natureza, e assim deixaríamos o noticiário policial sem audiência. A vida nos diz a cada nova manha: decifra-me ou te devoro!!!
Autor: Professor José Reginaldo Furtado, ocupante da cadeira 31 da ABL
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